Saúde

Alzheimer: estudos mostram 12 fatores que podem prevenir até 40% dos casos de demência

Manter estímulo mental, evitar obesidade e pressão são algumas alternativas para evitar a doença

Foto: Divulgação - O cuidado, o tratamento e o apoio pós-diagnóstico são intervenções importantes que podem melhorar a qualidade de vida das pessoas diagnosticadas com algum tempo de demência


A Doença de Alzheimer é o tipo de demência mais comum no mundo. Sua principal característica é um comprometimento cognitivo e comportamental, além de outros sintomas neuropsiquiátricos e das alterações comportamentais que avançam de acordo com o estágio da doença. Desta forma, acaba ocorrendo o comprometimento progressivo das atividades comuns do dia a dia, deixando a pessoa cada vez mais dependente de acompanhantes e cuidadores. Segundo a médica geriatra Isabel Lorenzet, se trata de uma enfermidade ainda incurável e que se agrava ao longo do tempo, mas pode, e deve, ser tratada. Sendo assim, a ciência aponta alguns fatores de risco que não são modificáveis, dentre eles: idade, hereditariedade e genética. Entretanto, o avanço nas pesquisas mostram outros 12 fatores que podem ser trabalhados com o objetivo de prevenir a doença ou atrasar o aparecimento de demências, como no caso do Alzheimer.

Fator Idade
O maior fator de risco conhecido para a Doença de Alzheimer é o aumento da idade, porém não é uma causa direta. A maioria dos indivíduos com a doença tem 65 anos ou mais. Após esta idade, o risco de Alzheimer dobra a cada cinco anos. Já após os 85 anos, o risco chega a quase um terço, sendo a memória o que fica mais comprometido. “A evolução da doença é gradual, lenta e progressiva. Começa com alguns esquecimentos, mas outras funções cognitivas também ficam comprometidas, como orientação quanto a tempo e espaço, linguagem, o discurso passa ser mais pobre, com menos palavras, desorientação”, explica.

Histórico familiar
Outro grande fator de risco é o histórico familiar. Aqueles que têm pais, irmãos ou irmãs com Alzheimer têm maior probabilidade de desenvolver a doença. O risco aumenta se mais de um membro da família tiver a doença. “Estar atento aos sinais e buscar ajuda quanto à doença se é algo recorrente na família é muito importante”, alerta Isabel.

Fatores de risco

Entre os fatores, algumas evidências sugerem que eles se assemelham aos de doenças cardíacas, além de também estarem ligados à demência vascular, um tipo de demência causada por vasos sanguíneos danificados no cérebro. Desta forma, a médica orienta que é possível dar atenção a 12 fatores de risco que, ao serem evitados, podem prevenir ou atrasar o aparecimento dos sintomas e demências, como no caso do Alzheimer. “Estes fatores podem ser modificados em várias fases da vida, como na infância, por exemplo. Quanto mais atenção se der à escolaridade, menos chances teremos da doença. E isso se aplica a todos os fatores, mesmo sendo uma doença degenerativa, se modificar, o risco da doença pode reduzir em até 40%”, esclarece a geriatra.

Como é feito o diagnóstico?
Para saber se o paciente está com Alzheimer, o diagnóstico é clínico e realizado por exclusão. O rastreamento inicial deve incluir avaliação por testes físicos e neurológicos cuidadosos acompanhados de avaliação do estado mental para identificar os déficits de memória e de linguagem, que são testes classificados como padrão, realizados em consultório pelo geriatra. Além de exames de laboratório e de imagem cerebral, como tomografia, por exemplo. “Assim que surgem os primeiros sinais de alerta, achando que os esquecimentos, por exemplo, são normais do envelhecimento. Mas quanto antes buscar ajuda, menor será o comprometimento funcional, para não ter tanta perda cognitiva”, orienta Isabel.

Tratamento
Como se trata de uma doença que não tem cura, podem ser usados medicamentos com o intuito de diminuir a sintomatologia para que a evolução da doença fique mais lenta, e por consequência, as perdas de capacidades também. “Os tratamentos que nós temos hoje em dia ajudam em uma melhora comportamental, mas não são cura, são um controle”, explica Isabel. A médica ressalta ainda a importância em manter uma rotina e também estar atento aos sinais de gatilho das crises que a doença desencadeia. “É importante não contrariar a pessoa, não bater de frente, isso irá deixá-lo mais agitado, incomodado. Por exemplo, às vezes estão na própria casa, mas insistem que não, que querem ir para sua. Nessas horas é preciso contornar a situação. Vá até a rua, saia com a pessoa e retorne dizendo que estão indo para casa. Muitas vezes adianta e não foi preciso nenhum conflito”, orienta a especialista.

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